quinta-feira, 7 de junho de 2018

Cherterton - Adoração a animais - qual é a consequência?

Chesterton costumava dizer que "quando os homens deixam de acreditar em Deus, não significa que eles passam a acreditar em nada; eles passam a acreditar em qualquer coisa". 

Chesterton notou o que acontece onde há adoração de animais.

Ouça a frase:


Adoração a animais

"Prefiro bicho do que gente!"

Criança é proibida de brincar em parque por "perturbar" o cachorro de uma senhora, destacou em 2013 a notícia no site do Pe Paulo Ricardo;
Leis ambientalistas no Congresso, como por exemplo, as que punem por crime inafiançável a quem quebrar um ovo de tartaruga. (destaca noutro trecho, na mesma publicação);

Estes são os fatos. Porém, esclareço desde já que tive bichos de estimação, gosto e sei que é muito bom, tendo inclusive benefícios até na cura de doenças psicológicas como depressão. No meu caso, como infelizmente os que eu tive foram envenenados, acabou sendo motivo de tristeza também. 

Conheci pessoas que só dividiam seu apartamento com gatos por exemplo. Uma delas residia ao lado no prédio onde morei durante mais de vinte anos. O ambiente ficava impregnado com o cheiro característico dos bichanos. Não posso afirmar que todas alegavam preferir bicho do que gente e não é o caso julgar também tais pessoas. Cada uma tem seus motivos.

A questão é quando esse amor aos bichos, como afirmou Chesterton, é seguido de perto pelo sacrifício humano, como efetivamente ocorre hoje, estes grupos de legisladores querendo punir por crime inafiançável quem mata espécies animais x ou y, ao mesmo tempo apoiando a "descriminalização" do aborto (leia-se assassinato de bebês), alegando que o nascituro não passa de um "amontoado de células". Argumentos sobre o aborto como estes são falaciosos e já foram desmascarados talvez à exaustão, sem mencionar religião, apenas usando de lógica e bom senso, como nesta publicação do site Senso Incomum. São estes sem sombra de dúvida que o escritor inglês denunciava.

Bicho é bicho, gente é gente...

Sem implicar com os bichos ou com aqueles que amam seus "pets", outra gíria misturada com estrangeirismo muito usada por aqui. É simplesmente deixar claro as devidas proporções das coisas, segundo a natureza.

Também conheci uma mãe que gostava de gatos, porém dizia uma frase que ficou marcada para minha família, como amiga que se tornou: "bicho é bicho, gente é gente". Ela não dava muito "espaço" aos pets, como por exemplo para ficar à vontade dentro de casa. Por outro lado, há também outra amiga da família que abomina qualquer bicho, não os prejudicando em decorrência disso.

Como estas muitas outras pessoas, gostando ou não de animais, não pregam o extermínio de seres humanos, seus irmãos, e nem mesmo fazem a loucura de promover uma superproteção de espécies alegando proteger o meio ambiente, salvo por ignorância dos interesses em jogo das instituições e ONGs engajadas nestas "causas". 

Quando se trata de defensores de "causas", muitos dos que alegam defender os "direitos dos animais" usam de apelo emocional para conseguir apoio, como em 2013 muitos devem lembrar do caso da Luíza Mel e o "Resgate dos Beagles". Confesso inclusive que a princípio eu desconhecia a fundo o caso e não fiz caso, ou seja, não vi de imediato nada de estranho. Porém, basta ver o que Flávio Quintela escreveu na ocasião em seu blog, colocando em evidência os fatos. Não foi nada romântico. Não se tratava de boa intenção para salvar os "coitadinhos" dos cachorros vítimas de maus tratos, mas usar dos mesmos para fazer carreira política. Flávio Quintela foi autor do livro "Mentiram (e muito) para mim"

Chesterton costumava dizer que "quando os homens deixam de acreditar em Deus, não significa que eles passam a acreditar em nada; eles passam a acreditar em qualquer coisa"
Apesar de lembrar ser "contrário à dignidade humana fazer os animais sofrerem inutilmente e desperdiçar suas vidas", o Catecismo também alerta para o perigo de se "gastar com eles o que deveria prioritariamente aliviar a miséria dos homens".  "pode-se amar os animais, porém não se deve orientar para eles o afeto devido exclusivamente às pessoas", (Cf. CIC. 2418) - destaca a matéria do site do Pe Paulo;


Outro ponto também é que nós amamos em três níveis: no físico, o afetivo; na alma, a vontade e no espírito, pela força do Espírito Santo. Semelhante ao grego que tem três palavras designando amor, o eros, filos e ágape ( esta última o livro do Pe Marcelo Rossi ajudou um pouco a se fazer mais conhecida). Já os animais tem apenas o amor físico. Enquanto eu sou capaz de abrir mão de algo que gosto em benefício de um irmão meu, ou de um filho, encontrando sentido em passar por um sofrimento, um Beagle só entende duas coisas: tá doendo? Estão é mau. Tá gostoso? Então é bom. É a lógica que ele entende. Tá me tratando bem, então estou com ele não abro! Tá tratando mal, então sai daqui senão vou morder! Um cachorro não vai além disso. 

O Pe Paulo Ricardo dá o exemplo hipotético: o dono de um pastor alemão que, ao ir fazer compras, com pouco dinheiro, tem de escolher entre comprar carne para si ou ração para seu cão. Se tal dono fizer a escolha de ficar sem a carne para poder levar comida para seu "pet", este não irá reconhecer o sacrifício daquele, por mais que pule, role e uive de alegria, tudo isso é o sentimento físico "canino" em funcionamento. 

Santo Agostinho colocou bem claro também a grande superioridade do homem na possibilidade de julgar, em seu livro "A verdadeira religião", p. 87:

Ninguém contesta que os animais irracionais vivem e sentem. Do mesmo modo é aceito ser superior a eles a alma humana. Não pelo fato de ela perceber o sensível, mas pelo poder que ela tem de julgar.
Com efeito, são encontrados muitos animais cuja vista é mais penetrante do que a dos homens. Com outros sentidos que possuem, chega a perceber mais agudamente as propriedade dos corpos. Mas para levantar um julgamento sobre isso, não é possível a vida exclusivamente sensível. É preciso possuir a razão. E o que está ausente nos animais é o que faz a nossa superioridade. O ser que julga é superior à coisa julgada - isso é facílimo de constatar. Além do mais, o ser racional não julga somente a respeito de objetos sensíveis, mas também sobre os seus próprios sentidos. Por exemplo, o ramo mergulhado na água parecerá quebrado, apesar de continuar inteiro. Os olhos sentiram com certeza dessa maneira, porque a vista pode nos comunicar o fenômeno, mas não julgar sobre o erro.
É claro que assim como a vida sensitiva é superior ao corpo inorgânico, a vida racional é superior a ambos.

Mais para frente o bispo de Hipona reforçou, na página 141, quando trata dos falsos cultos:

Que nossa religião não seja o culto aos animais. Os últimos dos homens valem mais que eles. Contudo, não os vamos cultuar.

Portanto, por mais que amemos estas criaturas de Deus, e elas devem ser amadas, bicho é bicho, gente é gente. 

O ponto afinal é o bom senso e aceitar a realidade ao invés de querer fazer esta funcionar ao contrário a ferro e fogo, como agem conscientes ou inconscientes os ativistas, militantes da "causa" dos animais ou quaisquer um que não mede esforços tanto para proteger animais quanto para matar seres humanos.

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Até a próxima!

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